quarta-feira, 17 de março de 2010

Cura para a osteoporose


Você sabe o que é osteoporose?

A osteoporose é uma doença na qual os ossos se tornam frágeis e porosos, aumentando o risco de quebras. A doença é diagnosticada quando a massa óssea cai abaixo de um certo nível.

A osteoporose é uma preocupação cada vez maior dos profissionais da área de saúde porque ela afeta dezenas de milhões de pessoas no mundo inteiro, o que deverá aumentar com a elevação da expectativa de vida da população.

A preocupação é ainda maior com relação às mulheres, por causa do aumento da incidência da osteoporose pós-menopáusica.

Renovação dos ossos

Os ossos não são inertes, eles experimentam uma renovação constante, com algumas células responsáveis pela remoção de material antigo e outras células responsáveis pela criação de um novo osso.

Nos humanos, a formação óssea atinge seu pico por volta dos 20 anos de idade, a partir de quando a massa óssea começa a declinar. A taxa de declínio para as mulheres aumenta após a menopausa, quando a queda de níveis de estrogênio e as células que eliminam as partes velhas dos ossos se tornam hiperativas.

"Há uma necessidade urgente de novos tratamentos que não só parem a perda óssea, mas também que construam um novo osso", diz Karsenty. "Usando estes resultados, estamos trabalhando duro para desenvolver este tipo de tratamento para pacientes humanos".


Uma equipe internacional, liderada por cientistas do Centro Médico da Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, foi capaz de curar a osteoporose em camundongos e ratos com uma dose diária de um composto experimental que inibe a síntese da serotonina no intestino.

Pesquisas recentes já haviam demonstrado que a serotonina no intestino retarda o desenvolvimento ósseo. Esta última descoberta pode levar a novas terapias que gerem um novo osso. Os medicamentos atuais contra a osteoporose só atuam para tentar evitar o colapso do osso velho.

Os resultados da pesquisa foram publicados no último exemplar da revista Nature Medicine.

Papel desconhecido da serotonina

A pesquisa agora publicada é uma sequência de outra grande descoberta feita pelo mesmo grupo em 2008 (e publicado na revista Cell) de que a serotonina liberada pelo intestino inibe a formação óssea, e que a regulação da produção de serotonina no intestino afeta a formação óssea.

Antes dessa descoberta, a serotonina era conhecida principalmente como um neurotransmissor que age no cérebro. No entanto, 95% de serotonina do corpo é encontrada no intestino, onde a sua principal função é inibir a formação óssea.

Com base nessa descoberta anterior, os cientistas postularam que um inibidor da síntese da serotonina no intestino seria um tratamento eficaz contra a osteoporose. Eles agora confirmaram sua hipótese em animais de laboratório.

"Novas terapias que inibam a produção da serotonina no intestino têm o potencial para se tornar uma nova classe de drogas para serem adicionadas ao arsenal terapêutico contra a osteoporose", disse Gerard Karsenty, um dos autores do estudo.

O próximo passo é testar o novo composto em humanos.

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